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NA ERA DO VIDEO GAME, FUTEBOL DE BOTÃO VIRA BISAVÔ.
- Prepara.
- Vai!
- Gooooollllllllllllllllllllllllllll!!!!
- Vai!
- Gooooollllllllllllllllllllllllllll!!!!
Outro dia, batendo perna numa manhã de domingo, cheguei a uma feirinha de antiguidades na praça do Jóquei, Gávea. Olhava sem grande interesse os telefones de discar, relógios de bolso e lustres que um dia foram sonhos de consumo de uma dona de casa abastada, até que me deparei com um túnel do tempo. Uma barraca trazia para aquela praça um pouco da minha infância: o futebol de botão. O vendedor, um sujeito apaixonado pelo jogo, oferecia tudo que um sujeito precisava para se sentir criança outra vez: botões, palhetas, dadinhos que servem como bolas, traves e até campo.
Vários marmanjos se reuniam em torno da barraca. Alguns negociavam craques para suas equipes, outros se preparavam pra dar início a um torneio numa das mesas montadas na calçada. Vi que aquele seria o presente ideal para dar pro meu filho. Se ele gostasse, íamos passar tardes incríveis jogando e narrando as partidas. Se ele não gostasse, ficava pra mim. E que ninguém interrompa o meu campeonato!
É comum um pai querer apresentar sua infância ao filho. Nem sempre dá certo. Quase não temos ladeiras sem movimento pros carros de rolimã, por exemplo. Soltar pipa é complicado nas ruas cheias de automóveis e fios elétricos. Rodar pião ainda é possível, mas aí você se lembra que nunca soube fazer aquilo.
Tem pai que quer ensinar o futebol de botão pra ver se o filho larga o vício do videogame. O botão é apresentado como uma espécie de arroz integral, uma saudável refeição macrobiótica comparável ao lazer fast food eletrônico. Claro que dessa forma não se consegue atrair uma criança. O jogo de botão não deve ser visto como um remédio amargo. É só uma alternativa de brincadeira. Controlar os movimentos dos jogadores com uma palheta, meter uma bola no cantinho ou encobrir o goleiro fazendo um gol de placa são sensações maravilhosas que nada têm a ver com o Fifa Soccer. Mas não tente desmerecer o game só porque você, como eu, não se entende com o joystick.
É comum um pai querer apresentar sua infância ao filho. Nem sempre dá certo. Quase não temos ladeiras sem movimento pros carros de rolimã, por exemplo. Soltar pipa é complicado nas ruas cheias de automóveis e fios elétricos. Rodar pião ainda é possível, mas aí você se lembra que nunca soube fazer aquilo.
Tem pai que quer ensinar o futebol de botão pra ver se o filho larga o vício do videogame. O botão é apresentado como uma espécie de arroz integral, uma saudável refeição macrobiótica comparável ao lazer fast food eletrônico. Claro que dessa forma não se consegue atrair uma criança. O jogo de botão não deve ser visto como um remédio amargo. É só uma alternativa de brincadeira. Controlar os movimentos dos jogadores com uma palheta, meter uma bola no cantinho ou encobrir o goleiro fazendo um gol de placa são sensações maravilhosas que nada têm a ver com o Fifa Soccer. Mas não tente desmerecer o game só porque você, como eu, não se entende com o joystick.
Em vez de mostrar ao garoto que “os brinquedos de antigamente eram muito melhores”, chame o moleque pra brincar. Grite, vibre a cada gol, discuta de quem é o lateral. Só não vale roubar o pequeno! Lembre-se de que os homens na verdade nunca crescem. A gente só disfarça um pouco quando está na frente das meninas.
FIM.
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